O Aeroporto Regional Júlio Belém, localizado em Parintins, no interior do Amazonas, recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voltar a operar voos com aviões a jato. A restrição estava em vigor desde dezembro de 2024, quando foram detectadas diversas falhas estruturais e operacionais.
De acordo com a Anac, a liberação foi concedida após a adoção de medidas corretivas voltadas à recuperação da infraestrutura do aeroporto. Com isso, foi suspensa a medida cautelar que impedia a operação de jatos, desde que continuem sendo cumpridas as exigências relacionadas à segurança — como a reestruturação da pista de pouso e a solução para o problema do lixão nas proximidades.
A agência destacou que várias irregularidades identificadas durante inspeção feita em outubro de 2024 já foram sanadas. Entre elas, estão a recuperação da camada superficial da pista, a cobertura do lixão e a coleta de resíduos no entorno do aeródromo, além da revitalização da sinalização do local.
Nos próximos dias, representantes da Anac devem se reunir com a Prefeitura de Parintins para tratar do gerenciamento conjunto de riscos, com foco na manutenção da segurança operacional dos voos comerciais.
Irregularidades no Aeroporto de Parintins
Na vistoria realizada em 2024, foram identificados problemas sérios na pista e no pátio de aeronaves, incluindo trincas, desagregações e presença de materiais soltos na superfície. Essas falhas representavam riscos significativos à segurança de aviões a jato, com potencial para causar danos aos motores, pneus e fuselagens.
Com o fim da restrição, o aeródromo — em parceria com as companhias aéreas — deverá elaborar e apresentar, até o dia 31 de maio de 2025, um Plano de Gerenciamento de Risco Conjunto, conforme determina o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 139.
Esse plano deve incluir a identificação de potenciais perigos, análises de risco com medidas de mitigação e um acordo operacional firmado entre os operadores aéreo e aeroportuário, como condição prévia para o início das operações comerciais com jatos. Além disso, será obrigatória a entrega do Plano de Gerenciamento de Segurança Operacional (PGSO).
A empresa responsável pelo aeroporto deverá informar periodicamente à Anac sobre o avanço das ações e o progresso das obras, assegurando que tudo ocorra conforme o cronograma e as normas previstas.