As reuniões do Copom têm um impacto direto na economia brasileira, especialmente quando são tomadas novas decisões sobre a taxa básica de juros (Selic) e divulgado o relatório de inflação. Portanto, entender o que é o Copom é essencial para quem investe.
Ter conhecimento sobre o Copom e a sua relevância ajuda os investidores a acompanhar as datas das reuniões. Dessa forma, é possível tomar decisões mais acertadas e selecionar os ativos mais adequados no momento, considerando tanto a rentabilidade quanto a gestão de riscos, essenciais para a criação de uma carteira de investimentos diversificada.
O que é Copom?
O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão responsável por implementar e monitorar a política monetária do Brasil, estabelecendo a meta da taxa básica de juros (Selic) e analisando os relatórios de inflação. Seu principal objetivo é promover o crescimento econômico.
O Copom se tornou um dos principais comitês de interesse para os investidores, influenciando diretamente as ações de política monetária do país e desempenhando um papel no controle da inflação. Ele foi criado em 1996, dentro do Banco Central do Brasil.
Vale destacar que a política monetária administrada pelo Copom, voltada para a estabilidade de preços, alta geração de empregos e aceleração do crescimento econômico, foi inspirada em modelos internacionais, como o Federal Open Market Committee (FOMC) dos Estados Unidos e o Conselho do Banco Central da Alemanha.
Qual a importância do Copom?
O Comitê de Política Monetária (Copom) é encarregado de definir e direcionar a política monetária do Brasil, além de acompanhar as condições econômicas tanto internas quanto externas. Ao estabelecer as diretrizes da política monetária, o Copom também é responsável por sua implementação.
Assim, a política monetária regula a oferta de dinheiro, a concessão de crédito e, principalmente, a definição da taxa básica de juros, conhecida como Selic.
Esse processo impacta os custos dos empréstimos no setor financeiro, os investimentos em renda fixa e variável, a flutuação da inflação e a variação da taxa de câmbio, influenciando, consequentemente, a economia como um todo.
Quando foi criado o Copom?
O Copom, criado em 20 de junho de 1966, desempenha um papel de grande importância na economia nacional. Suas decisões são acompanhadas não apenas pelos brasileiros, mas também por investidores estrangeiros.
Objetivos do Copom
O Copom tem como principal função definir as diretrizes da política monetária no Brasil. É o órgão responsável por ajustar a taxa básica de juros, conhecida como Selic, o que influencia diretamente os demais juros praticados no mercado e a rentabilidade de produtos e ativos financeiros.
Criado com inspiração em modelos adotados por outros países, o Comitê trouxe mais transparência e eficiência para o processo decisório do Banco Central, aprimorando as práticas de política econômica.
Resumidamente, os principais objetivos do Copom são:
- Estabelecer diretrizes de política monetária alinhadas à realidade econômica do Brasil;
- Definir a meta e realizar ajustes na taxa básica de juros (Selic);
- Publicar trimestralmente o relatório de inflação.
Quando acontecem as reuniões do Copom?
Devido ao seu grande interesse público, os investidores costumam se manter atentos às datas das próximas reuniões do Copom. O calendário do Comitê de Política Monetária está disponível para consulta no site do Banco Central do Brasil, com as reuniões programadas para ocorrerem a cada 45 dias, ou 8 vezes ao ano. Normalmente, as reuniões são realizadas nas terças e quartas-feiras.
Vale destacar que o Copom é formado pelo presidente e diretores do Banco Central, além de representantes de setores que estão direta ou indiretamente ligados à economia do país.
Quem faz parte do Copom:
- Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep);
- Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban);
- Departamento das Reservas Internacionais (Depin);
- Departamento de Assuntos Internacionais (Derin);
- Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab);
- Departamento Econômico (Depec).
Como o Copom determina a meta da taxa Selic?
Os investidores, especialmente os menos experientes, costumam acreditar que a alta ou a queda da taxa Selic impacta apenas seus investimentos. No entanto, essa ideia está incorreta. Alterações na Selic afetam toda a economia. Ao analisarmos um aumento da taxa de juros pelo Copom, os seguintes efeitos podem ser observados:
- Elevação dos custos para quem tem dívidas com juros variáveis, como financiamentos habitacionais;
- Incentivo à poupança e desestímulo ao endividamento, o que enfraquece a demanda (reduz o poder de compra) e diminui as pressões inflacionárias;
- Valorização do real, aumentando o retorno de investimentos em moeda local, o que também reduz o preço de produtos importados;
- Contribuição para o controle da inflação.
Resumidamente, a política monetária brasileira, conduzida pelo Copom, tem como principal objetivo manter a estabilidade de preços, sempre levando em conta o crescimento econômico do país. Mas como o Copom define a meta da Selic?
Quando a inflação foge do controle, o Copom tende a elevar a Selic, atraindo investimentos em real e aumentando a demanda pela moeda brasileira. Contudo, essa medida pode impactar negativamente o crescimento econômico.
Com juros mais altos, as empresas têm menor capacidade de tomar empréstimos ou financiamentos para investir em novos projetos ou expandir os existentes.
Por outro lado, quando a taxa de juros cai, com maior controle sobre a inflação, a atividade econômica tende a ser impulsionada. A habilidade de ajustar adequadamente esses momentos de alta e baixa da Selic é uma das grandes responsabilidades do Copom.
No campo dos investimentos, quando a Selic está elevada, os investidores tendem a migrar para títulos de renda fixa, que oferecem boas remunerações com menor risco. Isso pode resultar em uma menor demanda por ativos de risco, o que afeta o desempenho de investimentos em renda variável. Com a Selic em patamares baixos, os investidores tendem a assumir mais riscos, buscando retornos acima da inflação.