RESUMO DESSE CONTEÚDO
A desaprovação do presidente Lula atingiu 56%, o maior índice desde o início de seu mandato, enquanto sua aprovação caiu para 41%, segundo pesquisa Quaest. A rejeição aumentou entre mulheres, jovens, pessoas de menor renda e eleitores que votaram nele em 2022.
Por gênero, a desaprovação entre mulheres subiu para 53% e, entre homens, para 59%. Entre jovens de 16 a 34 anos, a reprovação chegou a 64%. No critério escolaridade, a rejeição é maior entre os mais instruídos, chegando a 64% entre aqueles com ensino médio completo e superior incompleto.
Na análise por religião, Lula perdeu apoio entre católicos (49% aprovam, 49% desaprovam) e a rejeição entre evangélicos aumentou para 67%. A desaprovação também subiu entre pardos (52%), pretos (51%) e brancos (61%).
A avaliação do governo piorou: 41% consideram negativo, enquanto 27% acham positivo. Além disso, 56% acreditam que o país está indo na direção errada e 56% veem piora na economia. O desemprego também preocupa, com 53% afirmando que está mais difícil conseguir trabalho. O aumento dos preços dos alimentos (88%) e dos combustíveis (70%) também foi apontado pela maioria dos entrevistados.
Conteúdo resumido pela LUONA para vídeo.
A desaprovação do presidente Lula (PT) aumentou, atingindo 56% dos eleitores brasileiros, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (2). Esse é o índice mais alto desde o início de seu mandato e a primeira vez que ultrapassa a marca de 50%.
A aprovação do presidente caiu para 41%, o menor nível registrado desde o início de sua gestão.
Confira os dados:
Aprovação: 41% (era 47% em janeiro);
Desaprovação: 56% (era 49%);
Não sabe/não respondeu: 3% (era 4%).
A pesquisa tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
Realizado pela Quaest a pedido da Genial Investimentos, o levantamento foi conduzido entre os dias 27 e 31 de março, com 2.004 entrevistas presenciais em todo o Brasil, abrangendo pessoas com 16 anos ou mais.
Os dados mostram que Lula:
Agora enfrenta maior rejeição do que aprovação entre mulheres e pessoas pardas.
Passou a registrar empate técnico entre os mais pobres, católicos e eleitores do Nordeste, segmentos onde antes era majoritariamente aprovado.
Teve queda na aprovação e aumento na reprovação, inclusive entre aqueles que votaram nele em 2022.
Pesquisa por Gênero
Pela primeira vez, a reprovação ao governo Lula entre as mulheres ultrapassou a aprovação.
A desaprovação subiu seis pontos percentuais, atingindo 53% (ante 47% em janeiro), dentro da margem de erro de três pontos. Já a aprovação caiu seis pontos, chegando a 43% (antes, 49%).
Entre os homens, a desaprovação também aumentou, passando de 52% em janeiro para 59% atualmente. A aprovação, por sua vez, recuou de 45% para 39%. A margem de erro permanece em três pontos percentuais.
Pesquisa por Faixa etária
Entre os jovens de 16 a 34 anos, 64% desaprovam o governo federal, um aumento de 12 pontos em relação a janeiro, quando o índice era de 52%. A aprovação nesse grupo caiu para 33%, também uma redução de 12 pontos em comparação aos 45% registrados anteriormente. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na faixa etária de 35 a 59 anos, a aprovação do presidente Lula é de 54%, um leve aumento em relação aos 52% anteriores. Já a desaprovação ficou em 44%, ante os 46% registrados anteriormente, mantendo um empate técnico dentro da margem de erro de 3 pontos percentuais.
Entre os idosos com 60 anos ou mais, a pesquisa também aponta um cenário de empate técnico. Atualmente, 50% aprovam o governo Lula, ante 52% em janeiro, enquanto a desaprovação subiu para 46%, frente aos 40% anteriores. A margem de erro para esse grupo é de 5 pontos percentuais.
Pesquisa por Escolaridade
Entre os entrevistados sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto, 55% aprovam o governo (ante 58% em janeiro), enquanto 41% desaprovam (antes 35%). A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Entre aqueles com ensino fundamental completo e médio incompleto, a desaprovação alcançou 55%, superando a aprovação, que ficou em 42%. A margem de erro é de 6 pontos percentuais.
No grupo com ensino médio completo e superior incompleto, a reprovação atingiu 64%, enquanto a aprovação caiu para 33%.
Já entre os entrevistados com ensino superior completo, 61% reprovam a administração petista (antes 59% em janeiro), enquanto 38% aprovam (eram 40%). A margem de erro nesse grupo é de 5 pontos percentuais.
Pesquisa por Renda familiar
Pela primeira vez desde o início do mandato, a aprovação e a reprovação de Lula entre a população de menor renda (até 2 salários mínimos) estão tecnicamente empatadas. Atualmente, 52% desse grupo aprovam o presidente, uma queda em relação aos 56% registrados em janeiro, enquanto a desaprovação subiu de 39% para 45%. Anteriormente, Lula tinha uma aprovação superior à reprovação nesse segmento. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Entre as famílias com renda superior a 5 salários mínimos, a desaprovação ao governo aumentou de 59% em janeiro para 64% agora. Já a aprovação caiu de 39% para 34%. Essas variações estão dentro da margem de erro do segmento, que também é de 4 pontos percentuais.
Para aqueles com renda familiar entre 2 e 5 salários mínimos, a desaprovação subiu de 54% para 61%, enquanto a aprovação recuou de 43% para 36%. Nesse caso, a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Pesquisa por Religião
A aprovação de Lula (PT) entre os católicos, que antes superava a desaprovação, registrou uma queda e agora ambos os índices estão tecnicamente empatados pela primeira vez. De acordo com a pesquisa da Quaest, 49% dos católicos aprovam o governo, enquanto os mesmos 49% o desaprovam. Em janeiro, os índices eram de 52% de aprovação e 45% de desaprovação. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Já entre os evangélicos, a desaprovação à gestão de Lula subiu de 58% em janeiro para 67% atualmente, enquanto a aprovação caiu de 37% para 29%. A margem de erro nesse grupo é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Pesquisa Raça/cor
Lula passou a ter uma taxa de reprovação maior (52%) do que de aprovação (45%) entre os pardos, segmento que, na pesquisa anterior, apresentava um empate técnico. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Entre os pretos, 51% desaprovam e 46% aprovam sua gestão, dentro de uma margem de erro de 7 pontos, o que mantém o empate técnico.
Já entre os brancos, a desaprovação permanece superior (61%) à aprovação (36%).
Voto para presidente no 2º turno de 2022
A aprovação de Lula diminuiu até mesmo entre aqueles que votaram nele no segundo turno de 2022. Atualmente, 72% desses eleitores aprovam sua gestão, uma queda de 9 pontos em relação aos 81% registrados em janeiro. Ao mesmo tempo, a reprovação aumentou de 17% para 26%.
Entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL), 92% desaprovam o governo, enquanto 7% manifestam aprovação.
Avaliação do governo
A pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, perguntou aos eleitores como eles avaliam o governo Lula de forma geral.
O percentual de avaliações negativas aumentou, enquanto o de avaliações positivas diminuiu. Confira os números.
Veja os números:
- Positivo: 27% (eram 31% em janeiro)
- Negativo: 41% (eram 37%)
- Regular: 29% (eram 28%)
- Não sabe/não respondeu: 3% (eram 4%)
Em comparação com os dois primeiros mandatos de Lula, entre 2003 e 2010, 53% dos entrevistados consideram o atual governo “pior que os anteriores”, 23% acham “igual aos anteriores” e 20% acreditam ser “melhor que os anteriores”. Já 4% não souberam ou não responderam.
Em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PL), de 2019 a 2022, 43% afirmam que o governo atual de Lula é “pior”, 39% acham “melhor” e 15% consideram “igual”. Outros 3% não souberam ou não responderam.
Quanto às expectativas para os próximos dois anos, 81% dos entrevistados acreditam que Lula deve adotar uma postura diferente, enquanto 15% preferem uma atuação igual, e 4% não souberam ou não responderam.
O Brasil está indo na direção certa?
Para 56% dos entrevistados, o país está indo na direção errada. Eram 50% na pesquisa anterior, de janeiro.
Outros 36% responderam que o Brasil está indo na direção certa – antes eram 39%. Não sabem ou não responderam são 8%.
Quanto a Economia do país
Para 56%, a economia do Brasil piorou. Em janeiro, 39% achavam isso.
Para 26% dos entrevistados, a economia do mesmo jeito – antes eram 32%. Para 16%, a economia melhorou – eram 25% em janeiro. Os que não sabem ou não responderam são 2%.
Tá mais fácil ou difícil conseguir emprego?
Segundo a pesquisa, 53% disseram que está mais difícil – eram 45% em dezembro de 2024. Para 35%, está mais fácil, ante 49% na pesquisa anterior. Outros 6% consideram que ficou igual.
Quanto a alimentação
Segundo a pesquisa 88% dizem que o preço dos alimentos subiu nos mercados no último mês, 6% consideram que caiu e outros 6%, que ficou igual. Para 70%, o preço dos combustíveis nos postos subiu no último mês. Para 16%, ficou igual. Outros 5% consideram que caiu.