Você já deve ter visto em algum lugar na internet ou na TV algo relacionado ao CDB, mas afinal o que é CDB? É Certificado de Depósito Bancário, é um título emitido por bancos comerciais ou instituições financeiras com o objetivo de captar recursos para financiar suas operações. Ao investir em um CDB, o investidor, na prática, está emprestando dinheiro para a instituição emissora.
Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), emitidos por instituições financeiras reguladas pelo Banco Central, são considerados uma alternativa segura de investimento. Eles podem ser encontrados em modalidades prefixadas e pós-fixadas. Descubra mais sobre essas opções de aplicação.
O que é CDB?
O CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, é uma modalidade de investimento de renda fixa. Nele, o investidor basicamente empresta dinheiro ao banco e, em troca, recebe uma remuneração em forma de juros sobre o valor investido.
Emitido por instituições financeiras, o CDB possui prazos de vencimento variados, normalmente de curto a médio prazo. Os juros podem ser prefixados, ou seja, definidos no momento da aplicação, ou pós-fixados, quando vinculados a um índice, como o CDI.
Considerado um investimento seguro, o CDB conta com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira.
Valor mínimo para investir no CDB
O valor mínimo para investir em um CDB varia conforme a instituição financeira, mas hoje em dia já existem opções de CDBs sem exigência de valor mínimo.
Quanto é a liquidez do CDB?
A liquidez do CDB pode ser tanto prefixada, com uma data específica para vencimento, quanto pós-fixada, permitindo o resgate a qualquer momento, porém com variações na rentabilidade. Há também opções de CDB com liquidez diária.
Quanto é a rentabilidade do CDB?
A rentabilidade de um CDB pode depender do prazo, da instituição financeira e do tipo de CDB selecionado. Normalmente, é expressa em um percentual anual e pode ser pré ou pós-fixada. O CDI é comumente utilizado como referência para comparação.
Quais são os tipos de CDB?
Confira a seguir os diferentes tipos de CDB e suas principais características.
CDB Prefixado
O CDB Prefixado é um tipo de investimento em que a taxa de juros é estabelecida no momento da aplicação e permanece inalterada até o vencimento. Essa característica proporciona ao investidor a vantagem de conhecer antecipadamente o rendimento exato que terá ao final do período, sem se preocupar com as oscilações do mercado financeiro.
CDB Pós-fixado
No CDB pós-fixado, a rentabilidade está vinculada a um índice de referência, como o CDI ou a taxa Selic. O rendimento do investimento é calculado com base na variação desses indicadores ao longo do tempo.
Esse tipo de aplicação pode ser vantajoso em momentos de queda nas taxas de juros, permitindo ao investidor obter um retorno potencialmente maior.
CDB Híbrido
O CDB Híbrido reúne as características do CDB Prefixado e do CDB Pós-fixado. Parte de seu rendimento é determinada antecipadamente, com uma taxa fixa no momento da aplicação, enquanto a outra parte é vinculada a um índice de referência, como o CDI.
Essa opção permite ao investidor aproveitar a segurança de um rendimento fixo, ao mesmo tempo em que se beneficia de possíveis variações positivas no mercado financeiro, como alterações nas taxas de juros.
CDB atrelado à inflação
Ao abordar o conceito de CDB, é importante compreender que, ao contrário dos certificados tradicionais, cuja rentabilidade pode ser prefixada ou pós-fixada, o CDB atrelado à inflação está vinculado a um índice inflacionário, como o IPCA ou o IGP-M.
Esse tipo de investimento tem como objetivo preservar o poder de compra do investidor, assegurando que os rendimentos estejam alinhados com o aumento dos preços ao longo do tempo.
Quando a inflação aumenta, os juros pagos pelo título também se elevam, tornando essa alternativa atraente para proteger o capital contra a corrosão inflacionária.
Por fim, ao avaliar a viabilidade do CDB atrelado à inflação, é crucial considerar a taxa real de retorno (descontada a inflação) e o prazo do investimento.
É seguro investir em CDB?
Investir em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) é, na prática, como se tornar um credor de um banco. Em troca desse empréstimo, o banco se compromete a devolver o montante investido, acrescido dos juros previamente acordados, na data de vencimento.
A segurança do CDB depende de vários fatores, como a solidez do emissor, a liquidez do investimento e a rentabilidade contratada, que pode ser uma taxa fixa, atrelada a um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou híbrida.
Os prazos de vencimento dos títulos costumam variar de um mês a seis anos, e existem também CDBs com liquidez diária, que permitem resgate a qualquer momento.
É fundamental estar atento ao prazo de vencimento, pois muitos CDBs impõem restrições para o resgate antecipado. Quando um investidor opta por vender o título antes do vencimento, ele está, na verdade, transferindo sua aplicação no mercado secundário. A corretora irá procurar outro investidor interessado no título.
Dependendo da taxa de rendimento e do prazo de vencimento, a demanda por um CDB pode ser limitada. Se houver baixa procura, o investidor pode acabar perdendo todo o rendimento acumulado ou até parte do capital investido. Por isso, resgatar um CDB antes do prazo geralmente não é uma decisão vantajosa.
Como investir em CDB?
Para investir em um CDB, é necessário ter uma conta em uma corretora ou banco. Normalmente, as instituições financeiras apresentam CDBs emitidos por elas mesmas (se forem emissoras) e por outros bancos.
Para visualizar os CDBs disponíveis, basta acessar o home broker da instituição em que você tem conta. O próximo passo é escolher um título e definir o valor a ser aplicado. É fundamental que os recursos estejam na conta da instituição onde a aplicação será feita.
Siga os passos abaixo para realizar o investimento em um CDB:
- Abra uma conta em uma instituição financeira de sua preferência.
- Acesse o home broker da instituição onde você possui conta. Essa plataforma online permite a negociação de ativos financeiros, incluindo CDBs.
- Explore as opções disponíveis no home broker para encontrar os CDBs oferecidos pela instituição emissora ou por outros bancos.
- Analise os diferentes CDBs, considerando fatores como prazo de vencimento, taxa de juro, liquidez e outras características relevantes.
- Após escolher um CDB, clique nele para obter informações detalhadas. Verifique os termos e condições, incluindo prazos, taxas e possíveis restrições.
- Decida o valor que deseja investir no CDB selecionado, garantindo que os recursos estejam disponíveis em sua conta na instituição financeira escolhida.
Saiba como é a tributação do CDB
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), por serem emitidos por instituições financeiras, contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O FGC funciona como um seguro, que resguarda o investidor contra possíveis perdas em caso de falência da instituição emissora dos títulos.
Essa proteção do FGC abrange valores de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, garantindo a devolução tanto do valor inicialmente investido quanto dos rendimentos acumulados até o momento da falência.
Com base nos casos recentes em que o FGC foi acionado, o prazo para restituição do dinheiro aos investidores costuma variar entre 15 e 30 dias.
Embora o FGC cubra as aplicações em CDBs, é importante que o investidor também analise o risco da instituição emissora. Uma das formas mais eficazes de fazer essa avaliação é por meio da observação do Índice de Basileia.
O que é o Índice de Basileia?
O Índice de Basileia é uma métrica utilizada para avaliar a solvência de bancos, financeiras e instituições de crédito. Com base nos dados operacionais divulgados por essas entidades, o Banco Central atribui uma “nota” que reflete a saúde financeira de cada uma.
Esse cálculo considera fatores como o montante de empréstimos concedidos, o dinheiro disponível em caixa e o perfil de risco das dívidas que a instituição possui. O resultado final é expresso em uma porcentagem, que varia de 0% a 100%.
De forma simplificada, quanto menor o percentual do Índice de Basileia, maior o risco de investir em CDBs ou outros títulos emitidos pela instituição financeira.
Recomenda-se buscar bancos, financeiras e instituições de crédito com Índice de Basileia superior a 8%. O intervalo considerado ideal varia entre 11% e 18%, que é a média das instituições financeiras brasileiras.
No entanto, um Índice de Basileia muito elevado pode indicar que o banco tem um volume baixo de empréstimos, o que pode limitar sua geração de caixa e até sinalizar outros problemas financeiros.
É possível consultar o Índice de Basileia de cada instituição no site do Banco Central ou em plataformas de comparação de investimentos, como Yubb e Magnetis.
Imposto de renda para o CDB
Os investimentos em CDB estão sujeitos a dois tipos principais de tributação: o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Como se trata de um investimento de renda fixa, o Imposto de Renda segue uma tabela regressiva, ou seja, quanto maior o prazo de resgate, menor será a alíquota paga pelo investidor. Confira as alíquotas do IR aplicadas aos CDBs:
Se o resgate for feito nos primeiros 30 dias, haverá cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A alíquota desse imposto é regressiva, começando em 96% no primeiro dia após a aplicação e reduzindo para 3% no 29º dia. Após o 30º dia, os investimentos ficam isentos de IOF.
Vale destacar que tanto o imposto de renda quanto o IOF incidem apenas sobre os rendimentos e são retidos na fonte. O valor inicial investido não é tributado.
Tabela regressiva do imposto de renda
A tributação do CDB segue uma tabela regressiva de imposto de renda, com alíquotas que diminuem conforme o tempo de aplicação.
Esse modelo de tributação regressiva é um incentivo para investimentos de longo prazo, beneficiando investidores que mantêm seus recursos aplicados por períodos mais prolongados.
Essa estrutura fiscal é aplicada a diversas formas de investimento, como previdência privada e algumas opções de renda fixa, incluindo o Certificado de Depósito Bancário (CDB). Veja como funciona:
Ao optar por esse regime de tributação, os governos estimulam os investidores a pensarem no longo prazo, pois as alíquotas de imposto sobre os rendimentos diminuem significativamente à medida que o tempo passa.
Assim, quanto maior o período em que os recursos permanecem investidos, menor será a parcela do rendimento destinada ao pagamento de impostos. Isso significa que, mesmo no caso de um CDB com liquidez diária, pode ser vantajoso manter o investimento por mais tempo.
Além dos benefícios fiscais, o investimento de longo prazo oferece outras vantagens, como o melhor aproveitamento dos juros compostos e a diminuição dos efeitos das oscilações de mercado no curto prazo.
O que é CDI e qual é sua relação com o CDB?
O Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é uma garantia utilizada em operações diárias entre instituições financeiras, refletindo o custo dos empréstimos realizados entre bancos. Por esse motivo, ele geralmente segue de perto a taxa Selic.
No universo dos investimentos, o CDI se torna uma taxa de referência para grande parte das aplicações de renda fixa.
Dessa forma, o CDI é comumente utilizado para calcular o rendimento de investimentos, como os CDBs, que podem oferecer um percentual sobre o CDI.
Considerando o CDI em 13,65% ao ano, vamos analisar dois exemplos para entender o rendimento atual de um CDB.
Exemplo 1: CDB com retorno de 110% do CDI. Neste caso, o rendimento anual seria de 110% * 13,65%, ou seja, 14,99%. Portanto, o investimento renderá aproximadamente 14,99% em um ano.
Exemplo 2: CDB híbrido com taxa fixa de 2% ao ano + 100% do CDI. Para calcular o rendimento, somamos a taxa fixa de 2% com a parcela atrelada ao CDI.
O retorno seria de 2% + (100% * 13,65%) = 15,65%. Assim, o CDB geraria um retorno anual de aproximadamente 15,65%.
Nesse cenário, com o CDI em 13,65% ao ano, CDBs indexados ao CDI ou híbridos oferecem retornos mais atraentes em comparação a períodos de juros mais baixos. Para cálculos mais detalhados, é recomendável utilizar uma calculadora de CDB.
Quanto rende R$10.000 no CDB?
Em um CDB com rendimento de 100% do CDI, que atualmente está em 12,75% ao ano, o investidor receberá essa taxa de retorno anual. Assim, se alguém investir R$10 mil no início do ano, ao final, o valor total será de R$11.275.
Qual é o CDB mais vantajoso?
Com a queda da taxa básica de juros no Brasil, atualmente no menor nível histórico, os rendimentos dos CDBs vêm diminuindo nos últimos anos.
Para continuar atraindo investidores, as instituições que emitem esses títulos começaram a oferecer porcentagens mais altas de retorno.
Hoje, é possível encontrar títulos pagando mais de 140% do CDI, algo raro há dois ou três anos.
Porém, antes de se deixar levar pelos altos rendimentos, é importante lembrar que o CDI está atrelado à taxa Selic, atualmente em 2% ao ano. Dessa forma, um ganho de 10 ou 20 pontos percentuais sobre o CDI significa, no final das contas, menos de 1% a mais de retorno anual.
Além disso, instituições que oferecem retornos mais elevados costumam apresentar maior risco de crédito. Por isso, é essencial que o investidor avalie cuidadosamente a relação entre risco e retorno, e não se baseie apenas na porcentagem oferecida do CDI.
Quais são as vantagens do CDB?
Como um investimento de renda fixa, o CDB proporciona previsibilidade nos ganhos, podendo ter rendimentos pós-fixados ou prefixados. Além disso, oferece uma camada adicional de segurança, pois é garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos).