RESUMO DESSE CONTEÚDO
O polissíndeto é uma figura de linguagem que consiste na repetição proposital de conjunções coordenativas (como “e”, “ou”, “nem”, “mas”) entre palavras ou orações dentro de um mesmo período. Essa repetição não é gramaticalmente necessária, mas tem uma função expressiva: intensifica o ritmo, reforça ideias e transmite emoções como angústia, insistência, entusiasmo ou dramaticidade. Um exemplo clássico é: “E grita, e corre, e chora, e cai”, em que o uso repetido da conjunção “e” cria um efeito de intensidade e aceleração.
Essa figura é muito usada na literatura, em discursos e músicas, e pode enriquecer a redação quando aplicada com moderação. É o oposto do assíndeto, que omite conjunções para dar fluidez. O polissíndeto, ao contrário, retarda a leitura de propósito, criando um efeito mais enfático e cadenciado. Seu uso consciente demonstra domínio estilístico e sensibilidade linguística.
Conteúdo resumido pela LUONA para vídeo.
O polissíndeto é uma figura de linguagem da categoria das figuras de sintaxe. Ele consiste na repetição proposital de conjunções coordenativas (como “e”, “mas”, “ou”, “nem”, etc.) entre termos ou orações, com o objetivo de acentuar o ritmo, reforçar uma ideia ou intensificar a emoção do enunciado.
O polissíndeto ocorre quando se repete a conjunção entre os elementos de uma oração ou de um período.
Exemplos de Polissíndeto
“E fala, e grita, e canta, e chora.”
Neste caso, a repetição da conjunção “e” entre os verbos destaca o ritmo acelerado das ações, criando uma sensação de intensidade ou excesso.
“Ou chove, ou venta, ou faz frio.”
A conjunção “ou” repetida dá a ideia de sucessivas possibilidades desconfortáveis, reforçando o clima negativo.
Para que serve o Polissíndeto?
A repetição da conjunção não é feita por acaso. Ela traz intenção estilística e pode ter diferentes efeitos:
- Criar ênfase ou dramatização
- Gerar ritmo cadenciado ou lento
- Dar ideia de acúmulo ou repetição
- Transmitir insistência ou intensidade emocional
Polissíndeto x Assíndeto
É importante conhecer também a figura oposta ao polissíndeto, chamada assíndeto.
Veja a diferença:
Polissíndeto: repete a conjunção.
“E lutou, e caiu, e levantou, e venceu.”
Assíndeto: omite a conjunção.
“Lutou, caiu, levantou, venceu.”
O polissíndeto dá mais ênfase e dramaticidade; o assíndeto, mais dinamismo e fluidez.
Onde o Polissíndeto aparece?
É comum em:
- Textos literários
- Discursos políticos e religiosos
- Poesias e músicas
- Redações argumentativas (com moderação)
- Propagandas que buscam impacto emocional
Uso na Redação
Se bem empregado, o polissíndeto pode:
- Enriquecer a expressividade do texto
- Destacar argumentos ou sensações
- Mostrar domínio da linguagem estilística
Porém, não exagere. O excesso pode tornar o texto repetitivo ou artificial.
O polissíndeto é uma figura de linguagem poderosa que, quando usada com intenção, transforma frases simples em mensagens marcantes. Ele nos lembra que a forma como organizamos as palavras muda completamente o impacto da nossa comunicação.
Ao escrever, leia em voz alta. Se a repetição da conjunção causar ritmo, emoção ou ênfase, você está usando o polissíndeto com maestria.