RESUMO DESSE CONTEÚDO
A sinestesia é uma figura de linguagem que mistura sensações de diferentes sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato) em uma mesma expressão, criando efeitos expressivos e sensoriais. Muito usada na poesia e na publicidade, ela enriquece o texto ao gerar imagens mentais vívidas e emocionais. Exemplos comuns incluem expressões como “doce som” ou “perfume colorido”. Inspirada em um fenômeno neurológico real, a sinestesia na linguagem tem como objetivo aproximar o leitor da experiência descrita, tornando a comunicação mais intensa, subjetiva e poética.
Conteúdo resumido pela LUONA para vídeo.
A língua portuguesa é rica em recursos expressivos, e as figuras de linguagem são uma prova disso. Elas tornam a comunicação mais viva, criativa e impactante — especialmente na literatura, na publicidade e até no dia a dia. Uma das figuras mais sensoriais e poéticas é a sinestesia, que mistura impressões de diferentes sentidos para criar efeitos expressivos e emocionais únicos.
O que é Sinestesia?
A sinestesia é uma figura de linguagem que consiste na associação de sensações percebidas por diferentes órgãos dos sentidos (visão, tato, olfato, paladar e audição) em uma mesma expressão.
Em outras palavras, a sinestesia ocorre quando uma sensação auditiva é relacionada com uma visual, ou quando algo que se ouve é descrito com uma característica que normalmente se vê ou se sente, e assim por diante.
Essa mistura é comum na linguagem poética, porque cria imagens sensoriais intensas e profundas, capazes de despertar emoções e imaginação no leitor.
Exemplos de Sinestesia
Vamos entender melhor com exemplos práticos:
“O doce som daquela música me acalmava.”
Mistura de paladar (doce) com audição (som)
“A voz rouca tinha um tom áspero e gelado.”
Mistura de audição (voz) com tato (áspero, gelado)
“A luz quente do sol da manhã.”
Mistura de visão (luz) com tato (quente)
“Perfume suave e colorido.”
Mistura de olfato (perfume) com visão (colorido)
Para que serve a Sinestesia?
A sinestesia tem como principal objetivo:
- Criar uma linguagem sensorial, que ativa vários sentidos do leitor;
- Enriquecer a expressividade do texto, especialmente poético e literário;
- Estabelecer imagens mentais complexas, misturando emoções e sensações;
- Tornar a comunicação mais subjetiva, emocional e envolvente.
É uma ferramenta poderosa tanto para escritores quanto para publicitários e compositores, pois aproxima o leitor da experiência descrita.
Curiosidade: Sinestesia na Psicologia
Na ciência, “sinestesia” também é o nome de uma condição neurológica rara em que a pessoa realmente experimenta a fusão de sentidos, como “ver cores ao ouvir sons” ou “sentir sabores ao ler palavras”. Embora não seja a mesma coisa, a figura de linguagem se inspira nesse fenômeno real para criar efeitos semelhantes na linguagem escrita.
Sinestesia na Literatura
A sinestesia é muito comum em obras literárias, especialmente na poesia. Um exemplo famoso:
“A brisa do mar trazia um cheiro azul de saudade.”
(Expressão poética combinando olfato com visão e emoção)
Autores como Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes e Cecília Meireles utilizam a sinestesia com maestria para intensificar as emoções em seus versos.
A sinestesia é uma figura de linguagem encantadora, que transforma simples descrições em experiências sensoriais completas. Ela não apenas comunica — ela faz sentir. Ao combinar os sentidos, ela amplia o poder da linguagem, trazendo mais beleza, emoção e profundidade aos textos.
Se você quer escrever com mais impacto — seja uma poesia, uma redação ou até uma campanha publicitária — experimente brincar com os sentidos. A sinestesia pode ser a chave para conquistar o leitor de forma sensível e marcante.