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RESUMO DESSE CONTEÚDO
A Selic é a principal taxa de juros do Brasil, definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Ela afeta o crédito, a inflação e a rentabilidade dos investimentos. Quando a Selic sobe, o crédito fica mais caro e a inflação tende a diminuir, enquanto sua queda pode estimular o consumo, mas aumentar a inflação. Os investimentos em renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto, são influenciados pela Selic, com os títulos pós-fixados se tornando mais atraentes quando a taxa está alta.
Investidores devem considerar seu perfil ao escolher onde aplicar, já que os CDBs pós-fixados e o Tesouro Selic geralmente oferecem maior rentabilidade em ciclos de alta da Selic. As decisões sobre a taxa são divulgadas no site do Banco Central após as reuniões do Copom, realizadas a cada 45 dias, sempre em terças e quartas-feiras.
Conteúdo resumido pela LUONA para vídeo.
Você já ouviu falar da taxa Selic nos noticiários econômicos? Talvez não se lembre exatamente desse nome, mas com certeza já ouviu algo sobre seus aumentos ou cortes, já que ela é a principal taxa de juros da economia brasileira.
A Selic é definida a cada 45 dias e pode influenciar outras taxas, afetar a rentabilidade de investimentos, impactar o consumo das famílias e, principalmente, controlar a inflação no Brasil.
O que é a taxa Selic?
A Selic é a taxa básica de juros do Brasil e serve de referência para empréstimos, financiamentos e investimentos. Ela é definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, com base na situação econômica do país. A Selic tem impacto direto na inflação: quando aumenta, a economia desacelera e a inflação tende a cair; quando diminui, a economia acelera e a inflação sobe. Em ciclos de alta, o crédito fica mais caro, reduzindo o consumo e controlando a inflação. Já na redução da Selic, o objetivo é estimular o consumo e aquecer a economia, o que pode levar ao aumento da inflação. A inflação é medida pelo IPCA, com metas anuais definidas pelo Conselho Monetário Nacional, sendo a meta de 3% para 2025, com variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Quem determina a taxa Selic?
A taxa Selic é definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em reuniões de dois dias, geralmente às terças e quartas. O objetivo é manter a inflação do Brasil dentro da meta de 3%. Durante essas reuniões, o Copom decide se a taxa será mantida, reduzida ou aumentada, com base em fatores como inflação, atividade econômica, contas públicas e cenário externo. Quando a reunião coincide com a dos Estados Unidos, é chamada de “Super Quarta”.
Qual a relação do aumento dos juros com a taxa Selic?
Quando a Selic é definida, todas as outras taxas são afetadas. Em outras palavras, se a Selic aumenta, as taxas de empréstimos no mercado também sobem, e o mesmo acontece se a Selic for reduzida. Em um cenário de Selic alta, taxas como as do financiamento imobiliário ficam mais caras, tornando mais difícil o acesso das pessoas ao crédito.
Como a taxa Selic interfere nos investimentos?
Além de controlar a inflação, a taxa Selic também influencia o rendimento dos investimentos em renda fixa, pois ela serve como referência para a rentabilidade de diversos títulos.
Ou seja, quando a Selic está alta, os investimentos indexados a ela tendem a oferecer maior rentabilidade no final do período, tornando os títulos de renda fixa mais atrativos para os investidores, especialmente os pós-fixados, que acompanham as variações da taxa e podem resultar em retornos mais elevados.
No entanto, é importante lembrar que a Selic também afeta o mercado de renda variável. Em períodos de alta da taxa, muitos investidores tendem a preferir a previsibilidade e segurança da renda fixa, relegando a bolsa de valores a um segundo plano, uma vez que esse mercado envolve riscos elevados e nem sempre gera retornos positivos.
De forma geral, podemos concluir que:
- Os investimentos em renda fixa pós-fixados se tornam mais atrativos quando a Selic está alta, já que oferecem maior rentabilidade com menos risco.
- Quando a Selic está em queda, os investimentos pós-fixados tendem a ter rendimento menor, criando uma oportunidade de investir em produtos prefixados para garantir uma boa rentabilidade em tempos de juros baixos.
Tipos de investimentos atrelados à Selic
No mercado financeiro, existem diversas opções de investimentos com rendimentos atrelados à taxa Selic.
Quando falamos em títulos públicos, o Tesouro Direto é considerado uma das alternativas mais seguras por muitas pessoas, já que a probabilidade de um país quebrar é muito menor do que a de uma empresa.
Dentro do Tesouro Direto, o Tesouro Selic é um título de renda fixa pós-fixado com rendimento indexado diretamente à Selic. Ao investir nessa opção, você empresta dinheiro ao governo federal, que, em troca, devolve o valor aplicado inicialmente mais os juros acumulados no período.
Além dos títulos públicos, muitos títulos privados também são impactados pela variação da taxa básica de juros do Brasil, como:
- CDB (Certificado de Depósito Bancário)
- LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
- LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
- Debêntures
Seja emprestando dinheiro para uma instituição financeira ou para uma empresa fora do setor financeiro, o funcionamento é semelhante ao Tesouro Direto: você aplica seu dinheiro em algum título privado e recebe juros em retorno.
Nos títulos privados mencionados, o rendimento pode estar atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que acompanha a variação da Selic.
É importante destacar que a rentabilidade de títulos pós-fixados varia conforme as mudanças na Selic, proporcionando um retorno maior durante um ciclo de alta da taxa.
Qual a diferença entre CDBs pós-fixados e CDBs prefixados?
A principal diferença entre os CDBs pós-fixados e prefixados está na rentabilidade. Veja a seguir mais informações sobre cada tipo:
CDBs pós-fixados
Os CDBs pós-fixados são títulos emitidos por bancos, com rendimento vinculado a um índice ou taxa de juros, como o IPCA ou o CDI.
Isso significa que a taxa de rendimento desse tipo de CDB segue a variação do indexador. Quando o índice ou a taxa de referência sobe, o rendimento do título aumenta junto.
Durante períodos de alta da Selic, como o atual, os CDBs pós-fixados se beneficiam, pois seu rendimento tende a crescer.
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CDBs prefixados
Os CDBs prefixados oferecem uma taxa de remuneração fixa, estabelecida no momento da contratação.
Isso garante previsibilidade no investimento, permitindo que você saiba com exatidão quanto seu dinheiro irá render durante o período de aplicação.
Porém, esses CDBs não acompanham as variações da Selic, o que pode torná-los menos atraentes quando a taxa básica de juros do Brasil está em ciclo de alta.
Onde investir com a Selic alta?
Não há um investimento específico que seja considerado o ideal para aplicar durante a alta da Selic, pois as escolhas financeiras devem levar em conta o perfil de cada investidor.
É importante destacar que existem investidores com perfil mais conservador, que priorizam a segurança em vez de buscar retornos elevados. Por outro lado, há também perfis mais arrojados, que buscam maior rentabilidade, mesmo que isso envolva riscos mais altos.
Por isso, é essencial identificar seu perfil de investidor para escolher os investimentos mais adequados à sua carteira.
Como mencionado, os títulos pós-fixados geralmente se tornam mais atraentes quando a Selic está alta, pois oferecem uma rentabilidade superior.
Como acompanhar mudanças na taxa Selic?
O Comitê de Política Monetária (Copom) se encontra a cada 45 dias para definir o rumo da taxa Selic. As reuniões acontecem em dois dias seguidos, sempre às terças e quartas-feiras.
Ao final do segundo dia de reunião, o comitê divulga a decisão no site do Banco Central, informando se a taxa foi reduzida, mantida ou aumentada. Este é o canal oficial para o anúncio.