RESUMO DESSE CONTEÚDO
O CEO da Ford, Jim Farley, reconheceu que a China já domina a indústria de carros elétricos, superando até mesmo a Tesla, e destacou o avanço de marcas como BYD, Xiaomi e Huawei. Enquanto a Ford continua registrando prejuízos bilionários em sua divisão de elétricos, as montadoras chinesas crescem rapidamente, impulsionadas por forte apoio estatal e custos reduzidos. Farley classificou essa evolução como “humilhante” e afirmou que a superioridade tecnológica e o modelo de negócios da China criam uma vantagem quase inatingível para fabricantes ocidentais.
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O CEO da Ford, Jim Farley, tem feito declarações diretas sobre a transformação da indústria automobilística. Segundo ele, a China está “dominando completamente” o setor de veículos elétricos — e nem mesmo a Tesla consegue rivalizar com a força das marcas chinesas. O executivo afirmou que este é um desafio sem precedentes para fabricantes tradicionais dos Estados Unidos e da Europa.
Prejuízos da Ford contrastam com avanço da China
Apesar do crescimento nas vendas de carros elétricos, a divisão Ford E continua acumulando prejuízos bilionários. No primeiro trimestre, as perdas chegaram a US$ 840 milhões — menores que os US$ 1,3 bilhão do mesmo período de 2024, mas ainda distantes da sustentabilidade financeira. Para Farley, essa situação reforça o desequilíbrio frente às companhias chinesas, que avançam de forma acelerada tanto no mercado interno quanto no externo.
Superioridade tecnológica de BYD, Xiaomi e Huawei
Farley já classificou o avanço chinês como “a coisa mais humilhante que já vi”. Ele destacou a capacidade tecnológica de marcas como Xiaomi e Huawei, que oferecem experiências digitais superiores dentro dos veículos. Segundo ele, a integração é tão avançada que o carro espelha toda a vida digital do usuário sem necessidade de pareamento de dispositivos.
Modelo de negócios com apoio estatal
Além da inovação tecnológica, o executivo apontou que as montadoras chinesas se beneficiam de um ecossistema de centenas de empresas, muitas delas com forte apoio financeiro de governos locais. Esse modelo garante subsídios elevados, custos reduzidos e ritmo acelerado de inovação, criando uma vantagem difícil de ser alcançada por concorrentes ocidentais.
Experiência pessoal com veículos chineses
Para compreender de perto essa revolução, Farley passou a dirigir um Xiaomi SU7. Segundo ele, a experiência demonstra claramente o salto da indústria chinesa em eletrificação, usabilidade e integração tecnológica. O CEO alerta que esse modelo gera uma vantagem competitiva praticamente inatingível para Ford, GM ou até mesmo para a Tesla.
A nova realidade do setor
Na visão de Farley, o setor automotivo enfrenta uma nova realidade: o domínio global chinês em veículos elétricos, que cresce a cada ano e redefine os rumos da indústria mundial.