RESUMO DESSE CONTEÚDO
Entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil emplacou 1.910.519 veículos novos, o melhor resultado desde 2019. Automóveis e comerciais leves registraram altas de 3,05% e 4%, respectivamente, enquanto caminhões e ônibus apresentaram queda. A Fenabrave revisou suas projeções para 2025, prevendo crescimento menor para carros e aumento nas vendas de motos. O desempenho é impactado por fatores como altas taxas de juros no país, novas normas de emissões e incertezas no comércio internacional.
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Entre janeiro e setembro de 2025, os brasileiros compraram 1.910.519 veículos novos, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (2) pela Fenabrave. Este é o melhor resultado desde 2019, quando foram emplacados 2.029.464 veículos.
Houve uma ligeira alta de 2,79% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram vendidos 1,8 milhão de veículos.
Desempenho por segmento
Automóveis
- 1.411.116 emplacamentos no terceiro trimestre de 2025, alta de 3,05% ante 2024.
- Setembro registrou 178.548 unidades, avanço de 3,65% em relação a agosto e 4,02% frente a setembro de 2024.
Comerciais leves
- 396.322 emplacamentos no terceiro trimestre, crescimento de 4% ante 2024.
- Setembro teve 52.822 unidades, aumento de 25,14% em relação a agosto e 3,40% frente a setembro de 2024.
Caminhões e ônibus
- 103.081 unidades no trimestre, queda de 4,72% em relação a 2024.
- Setembro registrou 11.895 veículos, alta de 9,55% sobre agosto, mas queda de 12,54% frente a setembro de 2024.
Somando automóveis e comerciais leves, os dois principais segmentos, a alta trimestral foi de 3,26%.
Revisão das projeções para 2025
A Fenabrave atualizou suas projeções para o ano:
- Automóveis e comerciais leves: crescimento de 3% (antes 5%), totalizando 2.559.345 unidades.
- Caminhões: redução de 7%, para 113.552 unidades.
- Ônibus: alta de 6%, para 29.336 unidades.
- Motos: crescimento de 15%, para 2.157.288 unidades.
A revisão leva em conta cenários econômicos nacionais e internacionais, além da desaceleração nas vendas de caminhões, afetadas pelas novas normas de emissões Euro 6.
Impactos da economia e juros
No Brasil, as altas taxas de juros freiam o crescimento: o Copom mantém a Selic em 15% ao ano, o que limita o crédito para compra de veículos.
Arcelio Junior, presidente da Fenabrave, afirma que com juros menores as vendas de automóveis e comerciais leves poderiam ultrapassar 5%, e que a redução só deve ocorrer em 2026. Ele ressalta que “o carro sustentável depende muito do crédito, e a taxa de juros para esse consumidor é essencial”.