O mercado de carros elétricos a bateria (BEV) no Brasil atingiu um marco histórico em setembro de 2025. Pela primeira vez, as vendas de veículos 100% elétricos ultrapassaram a marca de 8.000 unidades, segundo dados da Fenabrave.
No mês, foram emplacadas 8.023 unidades, um aumento de 73,5% em relação a setembro de 2024 e 5,7% comparado a agosto. No acumulado do ano, 52.904 veículos elétricos já foram vendidos, superando em 17% o volume total de 2024, consolidando 2025 como o ano da virada para a mobilidade zero emissão no país.
Participação de mercado e evolução histórica
O crescimento demonstra que os elétricos puros estão deixando de ser um nicho, conquistando relevância no mercado. Em setembro, os BEVs representaram 4,5% das vendas mensais de automóveis, enquanto no acumulado do ano o número chega a 3,75%. Para efeito de comparação, há apenas três anos essa participação era de 0,5%.
Domínio de poucas marcas e espaço para novos players
A concentração de mercado é significativa. As três maiores marcas representam 87,4% das vendas de BEVs até setembro:
- BYD: 40.139 unidades (75,9%)
- Volvo: 3.732 unidades
- GWM: 2.309 unidades
Embora algumas fabricantes dominem o segmento, há espaço para expansão de concorrentes, especialmente com a chegada de novas marcas chinesas como Geely, GAC, Omoda-Jaecoo e Zeekr.
Projeções para 2025 e desafios do mercado
Considerando uma média mensal de 5.878 unidades nos últimos três meses, o Brasil pode encerrar 2025 com 70.000 BEVs vendidos. Cenários mais otimistas, baseados no desempenho de setembro, projetam entre 75.000 e 80.000 unidades, um crescimento de até 66% em relação a 2024.
Apesar do avanço, a consolidação dos elétricos ainda depende da ampliação da rede de recarga e de mais modelos acessíveis, especialmente abaixo de R$ 150 mil.
Perspectivas e expansão do segmento
A chegada de novas marcas e investimentos reforça que o mercado brasileiro de carros elétricos está em forte expansão. Com mais opções e infraestrutura adequada, os últimos meses de 2025 podem registrar crescimento ainda mais expressivo, consolidando os BEVs como parte relevante do setor automotivo nacional.