De acordo com ele, uma nova tecnologia inovadora está prestes a substituir os celulares como os conhecemos, provocando mudanças significativas na maneira como nos conectamos e interagimos com o mundo.
Será que realmente estamos prestes a viver o fim da era dos celulares? Essa previsão audaciosa desperta diversas dúvidas e tem o potencial de transformar o futuro da comunicação digital.
Orion AR
Nos últimos 20 anos, a Meta, anteriormente conhecida como Facebook e fundada por Mark Zuckerberg, se consolidou como uma gigante das conexões sociais online, transformando a maneira como as pessoas interagem globalmente.
Contudo, apesar de sua imensa influência no universo digital, a empresa perdeu uma oportunidade estratégica ao não entrar no mercado de smartphones.
Agora, com o objetivo de se destacar no setor de tecnologia de hardware, a Meta está fazendo investimentos significativos em uma nova área: óculos de realidade aumentada, que, segundo Mark Zuckerberg, têm o potencial de substituir os celulares na próxima década.
Durante o evento anual Meta Connect, em Menlo Park, Califórnia, Zuckerberg apresentou o mais recente projeto da empresa: o protótipo de óculos Orion.
Com uma tela holográfica de última geração, esses óculos têm a promessa de transformar a maneira como os consumidores interagem com a tecnologia.
Em desenvolvimento por uma década, os óculos Orion são o resultado de 10 anos de investimentos tecnológicos e financeiros. A Meta, de Mark Zuckerberg, acredita que o futuro da conectividade não estará mais nos smartphones, mas sim diretamente no campo de visão dos usuários.

Óculos Orion: Mais do que simples Smart Glasses
Durante o evento, Zuckerberg ressaltou que os óculos Orion não são apenas mais uma versão de óculos inteligentes como os que já estão disponíveis no mercado, como o Ray-Ban Meta, que possui câmeras e alto-falantes. Ele descreveu a tecnologia como uma das mais avançadas já criadas pela Meta, oferecendo funcionalidades que vão muito além de simplesmente receber notificações ou tirar fotos.
“Construir esta tela é diferente de qualquer outra que você já usou”, afirmou Zuckerberg, chamando o Orion de um dispositivo revolucionário.
Ele apresentou diversas demonstrações práticas, mostrando como os usuários podem criar múltiplos displays virtuais à sua frente, responder mensagens, fazer videoconferências e até jogar, tudo isso sem a necessidade de um celular. A interação com esses recursos pode ser feita por meio de comandos de voz, gestos no ar e até movimentos dos olhos.
Essa interface intuitiva e interativa promete transformar profundamente os hábitos de uso da tecnologia, relegando os smartphones a um segundo plano e elevando os óculos de realidade aumentada ao posto de principal meio de comunicação.
O desafio para Mark Zuckerberg substituir os smartphones
Embora a Meta tenha gerado grandes expectativas com suas promessas e entusiasmo, o lançamento comercial dos óculos Orion ainda está distante.
Andrew Bosworth, diretor de tecnologia da Meta, reconheceu que, apesar dos avanços tecnológicos impressionantes, o produto ainda não atingiu o nível de sofisticação necessário para o mercado em massa. Ele afirmou: “Essas coisas acontecem devagar e, de repente, tudo acontece de uma vez”, sugerindo que a adoção dos óculos AR será gradual. No entanto, uma vez que os consumidores percebam o valor do dispositivo, a transição pode ocorrer rapidamente.
O maior obstáculo, por ora, é o design. Os óculos ainda são considerados volumosos e não apresentam a estética refinada que o público espera.
Além disso, grandes empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, enfrentaram desafios semelhantes ao tentar lançar dispositivos de realidade aumentada, com resultados comerciais fracassados, como o Google Glass.
Mesmo assim, a Meta está confiante de que conseguirá superar essas barreiras. Rahul Prasad, diretor sênior de gerenciamento de produtos, afirmou que o objetivo é lançar o Orion nos próximos anos, com um preço semelhante ao de um laptop ou smartphone topo de linha. “As tentativas anteriores de RA eram basicamente headsets ou capacetes. Nosso objetivo é criar óculos reais”, destacou Prasad, reforçando a meta da Meta de criar um dispositivo poderoso, mas discreto.
A visão da Meta para o futuro
A Meta tem demonstrado um grande compromisso financeiro em busca desse futuro. Ao longo das últimas duas décadas, a empresa não só se consolidou no ambiente social online, mas também fortaleceu seu poder financeiro, permitindo o investimento em projetos ambiciosos como o Orion.
Embora o dispositivo ainda não esteja disponível ao público, Mark Zuckerberg revelou que centenas de funcionários da Meta já estão testando os óculos internamente, com planos de expandir esse grupo em breve.
Apesar dos desafios técnicos e de design, a Meta acredita que os óculos Orion têm o potencial de transformar a maneira como interagimos com a tecnologia, substituindo os smartphones e inaugurando um novo paradigma nas comunicações digitais.
Se Zuckerberg estiver certo, o futuro que antes parecia distante pode estar mais próximo do que imaginamos.