Diante da disparada nas tarifas de hospedagem para a COP 30, o governo federal anunciou nesta quarta-feira (16) um acordo com redes hoteleiras de Belém (PA) para frear cobranças consideradas abusivas. A alta nos preços tem sido um dos maiores desafios na preparação do evento e gerou tensão entre o Palácio da Alvorada e o governador do Pará, Helder Barbalho.
Demanda supera oferta e pressiona preços
A conferência, marcada para a primeira quinzena de novembro, deve atrair cerca de 50 mil visitantes à capital paraense, que atualmente conta com apenas 25 mil leitos. Para ampliar a capacidade, o governo estadual aposta em medidas como isenções fiscais para novos hotéis e o uso de escolas como alojamentos temporários.
Navios-hotel entram na estratégia
Como parte da estratégia, o governo também contratou dois transatlânticos que funcionarão como hotéis flutuantes. Em visita ao Brasil, uma missão da ONU já havia apontado a disponibilidade de quartos como um dos principais entraves para o sucesso do evento.
TAC buscará equilíbrio e previsibilidade nos preços
Nos próximos dias, será firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) preventivo, com o objetivo de garantir equilíbrio nos preços e estabelecer regras claras entre o setor público e os empreendimentos de hospedagem. O acordo visa assegurar que Belém esteja pronta para receber os milhares de participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.