RESUMO DESSE CONTEÚDO
Durante o COP30 Business Forum, o governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou uma redução de 50% no desmatamento no estado entre 2019 e 2024, passando de 4.400 km² para 2.200 km², segundo dados do INPE. Apesar da queda, o Pará segue liderando o desmatamento na Amazônia desde 2006, acumulando 68.279 km² de floresta derrubada até 2024.
Barbalho defendeu que a agenda ambiental deve ser vista como uma oportunidade, não um fardo, e destacou a importância da cooperação entre governos e a comunidade internacional. Ele afirmou que o Pará está adotando um modelo de uso do solo que une crescimento econômico à preservação da floresta, e cobrou responsabilidade compartilhada entre todos os países no combate às mudanças climáticas.
A COP30 terá como foco revisar acordos climáticos anteriores, estabelecer novas metas com prazos definidos e fortalecer a cooperação global para enfrentar a crise climática e promover o desenvolvimento sustentável.
Conteúdo resumido pela LUONA para vídeo.
Durante o COP30 Business Forum, promovido pela Amcham Brasil em São Paulo, o governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou uma redução de 50% no desmatamento no estado. Segundo ele, a área desmatada caiu de 4.400 km² em 2019 para 2.200 km² em 2024.
Os dados oficiais do sistema Terra Brasilis, mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), confirmam a informação divulgada pelo governador.
Apesar da queda significativa, o Pará continua liderando os índices de desmatamento na Amazônia desde 2006, quando ultrapassou o Mato Grosso no ranking da devastação florestal.
De acordo com o Prodes, programa de monitoramento por satélite do INPE, mesmo com a redução registrada este ano, o estado permanece como o maior responsável pela perda de cobertura vegetal na região.
Entre 2006 e 2024, o Pará acumulou um total de 68.279 km² de área desmatada — uma extensão equivalente a todo o território da Irlanda.

Durante sua participação no COP30 Business Forum, o governador do Pará, Helder Barbalho, reforçou a importância da cooperação entre os estados, o governo federal e a comunidade internacional para enfrentar os desafios ambientais. Segundo ele, é fundamental que a agenda ambiental seja vista como uma oportunidade de desenvolvimento, e não como um fardo exclusivo dos países em desenvolvimento.
“Os desafios ambientais devem ser vistos como oportunidades. Estamos construindo uma agenda nacional com o Ministério do Meio Ambiente e lideranças do governo federal para que a COP30 não seja apenas um evento de intenções, mas um marco de ações concretas”, afirmou.
O governador também refletiu sobre as transformações recentes vividas pelo estado. Segundo ele, o Pará, que até poucos anos atrás simbolizava o conflito em torno da floresta, vem mudando essa realidade com planejamento e novas estratégias de uso do solo.
“Há cinco anos, o Pará era o retrato do conflito sobre a floresta. Hoje, com planejamento e uma abordagem integrada, estamos colocando em prática uma estratégia que alia preservação ambiental e desenvolvimento. Mostramos que é possível crescer sem destruir”, destacou.
Em relação à transição do uso do solo, Barbalho explicou que o estado está adotando um modelo que busca equilibrar o progresso econômico com a conservação ambiental.
“Propomos um modelo de transição de uso do solo que permita o desenvolvimento sustentável, valorizando a floresta em pé. Acreditamos que esse é o caminho para garantir um futuro melhor para todos”, reforçou.
O governador também fez um apelo pela corresponsabilidade na agenda climática global, afirmando que a luta contra as mudanças climáticas não pode recair apenas sobre os países em desenvolvimento.
“Não podemos permitir que apenas as nações em desenvolvimento arquem com a responsabilidade pelas mudanças climáticas. Todos os signatários do Acordo de Paris devem assumir seu papel. O equilíbrio nesse processo é decisivo para garantir um futuro mais sustentável para o planeta”, concluiu.
A COP30
A COP 30 terá como principais metas:
- Analisar a conjuntura climática global atual e seus impactos;
- Discutir e rever acordos anteriores, avaliando sua eficácia e propondo ajustes;
- Estabelecer novos compromissos climáticos com metas claras e prazos definidos;
- Fortalecer a cooperação internacional, especialmente entre países desenvolvidos e em desenvolvimento;
- Propor medidas práticas para mitigar os efeitos da crise climática e promover o desenvolvimento sustentável.