RESUMO DESSE CONTEÚDO
Desde 2009, Lady Gaga chama seus fãs de little monsters, apelido inspirado na estética de The Fame Monster e no comportamento intenso do público. A expressão virou símbolo de uma comunidade global marcada por lealdade e afeto. Gaga fortaleceu esse laço com tatuagens, uma rede social própria, o “Monster Pit” nos shows e o gesto “paws up!”. Ela se refere a si mesma como Mother Monster e diz que os fãs a ajudaram a se aceitar.
Conteúdo resumido pela LUONA para vídeo.
Há dois meses, ao receber um prêmio, Lady Gaga emocionou os fãs ao agradecer aos little monsters — ou “monstrinhos”, como os chama com carinho.
“Obrigada por sempre me verem com clareza, desde os tempos de ‘The Fame’ até ‘Mayhem’ [álbuns]. Porque vocês me enxergaram, eu aprendi a me enxergar”, disse ela.
Desde a manhã de terça-feira (29), dezenas de fãs aguardam na porta do Copacabana Palace por um aceno da artista. Esse grupo deve se transformar em uma multidão no sábado, quando Gaga faz um show gratuito no Posto 2. A expectativa é reunir cerca de 1,6 milhão de little monsters.
O apelido little monsters surgiu em 2009, quando Lady Gaga, durante os shows da turnê do álbum The Fame, começou a chamar espontaneamente seus fãs de “meus monstrinhos”. A ideia foi inspirada na estética que ela desenvolvia para The Fame Monster, uma expansão do álbum original, que usava figuras grotescas para representar medos e exageros da fama.
O comportamento intenso do público — se contorcendo, gritando e dançando — lembrava a Gaga criaturas selvagens, o que fez o apelido se encaixar perfeitamente. Embora já existissem nomes para fãs no pop, Gaga foi pioneira ao criar uma identidade coletiva tão forte e em larga escala no Ocidente. O que começou como uma brincadeira virou um símbolo duradouro de sua relação com os fãs.
Consolidação da comunidade
Conforme a base de fãs crescia, Lady Gaga fortalecia ainda mais sua conexão com os admiradores, que passaram a chamá-la de “Mother Monster” — apelido criado por uma fã em Chicago e imediatamente adotado pela cantora.
No fim de 2009, com o lançamento de The Fame Monster, Gaga presenteou seus seguidores mais fiéis com o “Manifesto of Little Monsters”, incluído na edição deluxe do álbum. Nele, ela descrevia poeticamente sua relação com os fãs, chamando-se de “bobo da corte devotado” no “reino” dos monstros. O texto teve tanta relevância que trechos foram usados como introdução na turnê Monster Ball (2009–2011), a primeira grande série de shows da artista — já nomeada em homenagem a seus fãs.
Nos palcos, a estética “monstruosa” se concretizou. No clipe de Bad Romance, Gaga e seus dançarinos fazem o gesto de garra com a mão — que, na turnê seguinte, se tornaria o símbolo oficial dos Little Monsters. Ao gritar “paws up!” (“patas para cima!”) e erguer a mão em forma de garra, Gaga era prontamente acompanhada pela multidão, dentro e fora dos shows.
Conexão emocional com os fãs
Pouco após adotar o termo Little Monsters em 2010, Lady Gaga tatuou o nome no braço esquerdo, homenageando os fãs que seguram seu microfone — como escreveu na legenda da foto: “Little monsters para sempre”. Em 2014, eternizou também uma “monster paw” nas costas, símbolo da lealdade e força compartilhadas com seu público.
Em 2012, lançou a rede social LittleMonsters.com, onde admiradores do mundo inteiro podiam interagir, compartilhar arte e receber mensagens da própria cantora. Durante a turnê Born This Way Ball, criou o “Monster Pit” — área especial para fãs fantasiados, com direito a coroação simbólica no palco ou no camarim.
Lady Gaga foi pioneira em nomear seus fãs com identidade própria. A relação profunda com seus monstrinhos inspirou canções como Born This Way e ajudou muitos a se sentirem aceitos por quem realmente são.