RESUMO DESSE CONTEÚDO
A sete meses da COP30, que ocorrerá em novembro de 2025 em Belém (PA), a cidade foi criticada pelo jornal inglês O Economista devido a sérios desafios urbanos, como ruas esburacadas, clima quente, esgoto a céu aberto e infraestrutura hoteleira limitada. A cidade, com capacidade para acomodar apenas 18 mil visitantes, enfrentará a demanda de 40 a 50 mil participantes. Para suprir a falta de leitos, o governo federal contará com navios de cruzeiro e até adaptará escolas e quartéis. Além disso, obras de infraestrutura, como a construção de uma rodovia e dragagem de rios, estão em andamento. O governo do Pará busca alternativas sustentáveis, como o mercado de créditos de carbono e o incentivo à bioeconomia.
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A sete meses da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para acontecer entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém (PA), a cidade de Belém ganhou destaque internacional — mas não de forma positiva.
Belém, situada no coração da Amazônia brasileira, é retratada como uma cidade que enfrenta sérios desafios urbanos, com ruas cheias de buracos, clima escaldante, presença de esgoto a céu aberto e uma infraestrutura hoteleira ainda limitada.
Foi assim que a revista britânica The Economist definiu a capital paraense em reportagem publicada na quarta-feira, 9. A publicação ainda destacou que a COP30, marcada para novembro, tem grandes chances de ser “certamente caótica”, diante dos desafios estruturais enfrentados pela cidade.
A The Economist direciona suas principais críticas às limitações de Belém em receber os milhares de participantes esperados para a COP30. Segundo a revista, a cidade, com cerca de 1,3 milhão de habitantes, conta com capacidade hoteleira para apenas 18 mil visitantes.
Para suprir a demanda, a expectativa é que outros 5 mil turistas sejam acomodados em navios de cruzeiro que permanecerão atracados em um porto nas proximidades. A publicação também destaca medidas improvisadas: escolas públicas e quartéis estão sendo adaptados com ar-condicionado e beliches para funcionarem como alojamentos temporários. Até mesmo os tradicionais “motéis do amor” foram citados como possíveis alternativas de hospedagem.
A revista The Economist também destacou algumas das obras em andamento em Belém como parte dos preparativos para a COP30. Segundo a publicação, um trecho de 13 quilômetros de floresta virgem foi desmatado para a construção de uma rodovia que visa desafogar o tráfego de entrada da cidade. Além disso, certos projetos de infraestrutura envolvem a dragagem e o preenchimento de rios e canais de esgoto com concreto.
Em entrevista à revista, o secretário de infraestrutura do Pará, Adler Silveira, afirmou que as reformas feitas em função do evento climático trarão um legado positivo para a cidade.
Por fim, a reportagem destaca que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador do Pará, Helder Barbalho, têm buscado alternativas sustentáveis à agricultura e à mineração na região. Entre as iniciativas mencionadas estão o incentivo ao mercado de créditos de carbono, a atração de investimentos em fontes de energia limpa e a valorização da bioeconomia — um modelo que utiliza os recursos da floresta amazônica para gerar produtos, materiais e energia de forma sustentável.